O assunto da educação sempre foi um dos que eu mais me interessei a estudar. E esse assunto virou prioritário pra mim, quando fiquei sabendo que ia ser pai. Logo após a notícia, comecei uma incansável busca por informações sobre educação e desenvolvimento infantil.
Entre leituras e estudos focados na educação da minha filha, veio a seguinte reflexão: Eu estou realmente preocupado com a educação da minha filha. Mas o que estou fazendo pela minha própria educação?
Passei muito tempo pensando nisso e sempre vinha aquele "cagaço", será que estou seguindo pelo caminho certo?
Olhando um pouco a minha volta, notei que quase todas as casas que a gente frequentava (pai, irmão, sogro(a), etc), sempre havia em algum canto da casa, aquele bom e velho quadro de formatura.
A palavra convence, o exemplo arrasta
Sabendo que para as crianças é só o exemplo que importa e revendo meu histórico como "aluno", foi como um soco no meu estômago.
Eu sempre gostei de aprender coisas novas e estudar assuntos aleatórios, porém sou um péssimo como aluno em ensinos formais (não me orgulho nem um pouco disso). Preocupado com o exemplo que eu estava dando para minha filha, decidi voltar a estudar e frequentar uma universidade. Porém durou pouco!
No pouco tempo que frequentei o tal "meio acadêmico", pude notar que lá, por incrível que pareça o conhecimento não era o foco principal das pessoas. A graaande maioria, estava preocupado apenas com o diploma.
Foi então que... De repente. Eureca!
Estava querendo ser o "exemplo" de um bom estudante, porém buscava ser isso tentando ser um bom aluno.
E aqui cabe uma pequena distinção entre estudante x aluno dada pelo professor Pierluigi Piazzi:
- Aluno: é quem assiste aula (coletivo e passivo);
- Estudante: é quem estuda (solitário e ativo);
"Só a educação forma homens, enquanto a instrução forma doutos. Educar, portanto, é fim; instruir é meio." - Pe. Leonel Franca
É justamente isso que eu quero despertar e estimular na minha filha. O interesse genuíno pelo conhecimento, e não por título, diploma ou papel social.
Ser pai é uma mistura de amor e medo
Essa é uma longa jornada, que requer muito esforço e dedicação. Mesmo assumindo para mim essa responsabilidade, não me sinto nenhum pouco preparado para a missão que estou me imbuindo. Mas acredito ninguém está pronto para isso! Por isso eu rechaço a ideia de "terceirizar" a responsabilidade sobre a educação da minha filha para os professores e escolas.
Não vejo outra forma, senão usar todo o meu amor como "combustível" para continuar nessa longa caminhada de estudos. Torcendo para um dia, minha filha possa se inspirar nos meus acertos e corrigir meus erros.
O que me inspira
Depois de tanto falar sobre meus dramas pessoais, achei que seria interessante citar alguns livros, autores e temas que me guiam nessa jornada de estudos. Não sou o estudioso da área, mas me considero curioso o bastante ao ponto de poder agregar algo para as pessoas na minha volta.
Esses são alguns dos livros que eu li e recomendo:
- A educação do homem consciente, Hélène Lubienska
- Contra a escola, Fausto Zamboni
- Dez maneiras de destruir a imaginação do seu filho, Anthony Esolen
- O trivium, Miriam Joseph
- A imaginação educada, Northrop Frye
- O maquiável pedagogo, Pascal Bernardin
- A consciência de si, Louis Lavelle
- A formação da personalidade, Padre Leonel Franca
Alguns vídeos/palestras que me inspiraram: